Era uma vez um peixe que, cada vez que vinha do fundo do mar mergulhar e brincar nas ondas, ficava a olhar para o céu a ver as gaivotas a voar. E apesar de gostar de ser peixe e de nadar, de ir ao fundo e voltar, pensava muitas vezes "quem me dera ser pássaro".
Todas as noites o
peixe sonhava que era um pássaro. Tantas vezes sonhou, a dormir e acordado, que
o Sol, que é muito atento - todos os dias via o peixe no mar a olhar para o
céu -, e é também muito generoso, resolveu conceder ao peixe um desejo e enviou uma
gaivota para lhe contar. A gaivota foi dizer-lhe que não era possível um peixe
ser pássaro, mas se ele quisesse o Sol podia transformá-lo em nuvem. Não teria asas
como um pássaro, mas poderia ver alto do céu, o que, se houvesse uma brisa ou até
vento, seria quase como voar. O Sol pediu ainda à gaivota que dissesse ao peixe
que o seu desejo só poderia durar até ao pôr-do-sol, depois vinha a noite e essa já
não era com ele - que só toma conta do dia -, e teria então que voltar ao mar.
A gaivota ensinou-lhe
o caminho e o peixe foi nuvem-pássaro até ao fim do dia.
Ana
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