queria um verão de linho branco, uma coisa pura, uma coisa ar
mas não sei se foi do vento, ou aquele bicho a morrer na praia
o sol foi-se pondo mais cedo e tu choravas e eu também
o mar nunca foi tão frio, pois não? nada tão frio, pois não?
e o sal nos beijos, e um mal nas mãos, e um sal nos beijos
tecemos de estopa uma manta rude arranhando corpos
e o coração, também de
estopa, e o coração
Nuno Camarneiro
Ana
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